Eu sou advogada. Como se não bastasse, não sou apenas advogada. Sou advogada tributarista. Isso mesmo. Você já visualizou um terno e umas planilhas, né? Eu sei...
O meio em que trabalho, além de majoritariamente masculino, é sisudo e chato. E não falo chato porque lido com ICMS, PIS e COFINS (essa parte eu acho legal). Chato porque as pessoas são chatas. Mais que isso: as pessoas acham que ser chatas é essencial para que sejam respeitadas.
Aquele cara de terno que você visualizou ali em cima, acha que se ele não for sério e falar em juridiquês fluente, as pessoas não o levarão a sério.
Quem me conhece sabe que sou o exato oposto disso. Não gosto de me fantasiar de advogada, não gosto de falar difícil e não gosto de parecer saber mais do que efetivamente sei.
Aliás, eu sou daquelas que vai ler 3 livros, ouvir 14 podcasts e assistir 5 vídeos no youtube em velocidade 2x antes de opinar sobre qualquer assunto.
É que, gente, vamos refletir? Já estamos em 2025, tá? E é muito 2004 achar que falar difícil traz respeito. A verdade é que traz antipatia.
Eu prefiro falar fácil, apesar de sempre tentar ser técnica. Eu prefiro que as pessoas me entendam e compreendam o que estou dizendo para que eu transmita, com segurança, as informações que preciso passar para meus clientes e colegas.
E se isso envolver alguma piadinha para reter a atenção, ou alguma analogia com Friends, eu vou fazer.
E não se engane: minha legalzice e informalidade não são sinais de uma pessoa pouco profissional, muito menos de pouco conhecimento.
É apenas uma adaptação do meu jeitinho ao meu trabalho. Sou única, uma Dani, que é profissional e legal.